segunda-feira, 24 de agosto de 2020

A família e a identidade cultural

 

A identidade cultural é um conjunto de elementos simbólicos e valores que são compartilhados entre indivíduos membros de uma sociedade. E é a partir da cultura compartilhada que criamos o sentimento de pertencimento de um grupo. O conceito de certo e errado são construídos historicamente por meio de interações sociais.

 

Grupos sociais e instituições sociais

Apesar desses conceitos serem interdependentes, grupo social e instituição social são duas realidades distintas. Os grupos sociais se referem a indivíduos com objetivos comuns, envolvidos num processo de interação mais ou menos contínuo. Por outro lado, as instituições sociais se referem a regras e procedimentos dos diversos grupos.

Por exemplo: o pai, a mãe e os filhos formam um grupo primário; as regras e os procedimentos que regulamentam essa relação fazem parte da instituição familiar.

 

A família

A família é um grupo social composta por reunião de pessoas com vínculos consanguíneo e/ou afetiva, o que chamamos de laço  matrimonial ou parental, e é o primeiro corpo social no qual os indivíduos convivem, com forte influência na formação do indivíduo.

 A família tem função de proporcionar a “reprodução”, a companhia, a segurança, a sociabilização e proteção aos seus membros.

 

Os tipos de famílias

A estrutura da família varia em alguns aspectos no tempo e no espaço, podendo ser classificados basicamente em tipos, número e forma de casamentos e papéis familiares:

Quanto ao número e à forma de casamento temos:

  • Casamento monogâmico – é a união de um homem ou de uma mulher com um único cônjuge. No Brasil, o casamento civil só pode ser monogâmico,  novo casamento  só após o término do casamento anterior;
  • Casamento poligâmico – que é a união de um homem ou uma mulher com mais de um cônjuge. Podendo ser também classificado em:

  1. Poliginia: casamento de um homem com várias mulheres.  Encontrada em muitas regiões da África Subsaariana e entre os povos muçulmanos (onde é expressamente permitida no Alcorão);
  2. Poliandria: casamento de uma mulher com dois ou mais homens. São poucas as sociedades que adotam a poliandria. As mais conhecidas são as do Tibete e a da Índia (bem como do Butão, do Sri Lanka e algumas sociedades esquimós.).

No mundo ocidental, a poligamia é ilegal, embora os meios de comunicação e a literatura vez ou outra nos relatem casos de pessoas que vivem conjugalmente com mais de um marido ou mais de uma esposa.

 

Quanto a forma de casamento:

  • Endogamia: é o casamento permitido apenas com alguém do mesmo grupo social. Era comum nas sociedades primitivas e ainda é praticado no sistema de castas da Índia.
  • Exogamia: é o casamento com alguém de fora do grupo social.

 

Quanto ao tipo de família:

  • Família Conjugal ou Nuclear: é aquela formada pelo marido, mulher  e filhos.
  • Família  consanguínea ou extensa: é aquela que abrange além do casal e dos filhos,  outros parentes, tais  como avós, primos, sobrinhos, genro, nora e netos;
  • Família monoparental: quando os filhos passam a viver com apenas um dos pais;
  • Famílias homoafetivas: quando formadas pelos filhos e dois pais ou duas mães. Há países que legalizaram a união entre pessoas do mesmo sexo. No Brasil a união entre pessoas do mesmo sexo ainda não está totalmente oficializada, mas já é tida pelos magistrados como união estável;
  • Família Tradicional – quando a figura paterna tem o controle total sobre os demais membros. Era muito comum esse tipo no passado e era denominada como família patriarcal;
  • Família Moderna – são formas variação de agregados familiares. Atualmente, é comum a existência famílias de novos arranjos familiares.
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Quanto aos papéis familiares:

  • Sexual e reprodutiva: uma das importantes funções da família é a de garantir a satisfação dos impulsos sexuais, promovendo, com isso, a perpetuação da espécie humana;
  • Função econômica:  é função da família assegurar os meios de subsistência e o bem-estar de seus membros;
  • Função educacional:  a família é a principal responsável pela socialização da criança, ou seja, transmitir a ela os valores e padrões culturais de sua sociedade.

 

Fonte

Material elaborado pela Secretaria Estadual de Educação de Pernambuco

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