quinta-feira, 13 de agosto de 2020

A nossa identidade

 

 

 

IDENTIDADE

Às vezes nem eu mesmo

Sei quem sou

Às vezes sou

“o meu queridinho”

Às vezes sou

“moleque malcriado”.

Para mim

Tem vezes que eu sou rei,

Herói voador,

Caubói lutador,

Jogador campeão.

Às vezes sou pulga,

Sou mosca também,

Que voa e se esconde

De medo e vergonha.

Às vezes eu sou Hércules,

Sansão vencedor, peito de aço, goleador!

Mas o que importa

O que pensam de mim?

Eu sou quem sou, Eu sou eu, sou assim, sou menino.

 

Pedro Bandeira.

 

No poema acima o poeta reflete sobre quem ele é. Você já se fez esta pergunta: Quem eu sou? A forma como nos percebemos diante do mundo e dos outros formam o que chamamos de identidade. No poema que abre esta aula, percebemos que o sujeito que reflete sobre si percebe-se de diversas formas em diferentes momentos: “o meu queridinho”, “moleque malcriado”, rei, herói, jogador e conclui ser, simplesmente, menino. Nesta aula veremos que a forma como nos vestimos, falamos, sentimos e agimos em diferentes situações dizem sobre nossa identidade, ou seja, dizem sobre quem nós somos.

As decisões cotidianas como o que vestir e como se comportar expressa também quem somos, ou seja, nossa identidade. Mas será que já nascemos com uma identidade? O sociólogo Zygmunt Baumam nos explica que a ideia de quem nós somos não é característica com a qual tenhamos nascido. Esta identidade é adquirida ao longo do tempo principalmente nas relações que estabelecemos com os outros. É por meio da interação com nossos parentes, amigos, vizinhos, colegas de trabalho que vamos construindo nossa identidade e nos percebendo como diferente ou semelhante aos outros.

Para a Sociologia, o ambiente social e cultural em que vivemos modela nossa identidade. A escolha de que roupa usar ou como se comportar é sim uma decisão individual, quer dizer, o indivíduo tem um papel fundamental nestas escolhas, porém o grupo nos quais interagimos no nosso cotidiano também influenciam fortemente em quem nós somos, ou seja, na nossa identidade. Assim, nossas decisões cotidianas sofrem influência dos grupos aos quais pertencemos como a família, nosso grupo religioso, do futebol, nosso grupo de amigos.


 Fonte

Material elaborado pela Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro – SEEDUC/RJ

 

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