Olhe para os seus colegas de
turma e responda: O que te faz diferente deles? Caso você seja mulher e tenha
olhado para um colega do sexo masculino, notou que uma das diferenças é o sexo,
ou então viu que a diferença está no modo de usar o cabelo, na forma de falar,
no tom da pele, no bairro onde moram... Enfim, todos nós temos marcas que nos
diferenciam dos outros. Mas, ser diferente nos faz desiguais? Vamos refletir um
pouco sobre como em nossa sociedade estas marcas de diferença se relacionam com
o processo de construção de desigualdades.
Quando nas relações sociais estas marcas que nos diferenciam uns dos outros produzem injustiças e desigualdades socialmente construídas, as chamamos de marcadores sociais da diferença. Você deve estar se perguntando: como construímos socialmente esta desigualdade baseada em marcas de diferença como gênero, classe social ou raça? Percebemos que em nossa sociedade em vários momentos há certa dificuldade em conviver com as diferenças. O preconceito é uma manifestação dessa dificuldade, quando, por exemplo, discriminamos o outro por ser diferente de mim. Assim, infelizmente, assistimos frequentemente no noticiário da TV casos de violência contra homessexuais, violência contra a mulher, e manifestações de racismo contra negros ou nordestinos.
Pensemos na cor da pele como um
marcador social da diferença. Sabemos que o racismo e o preconceito contra os
negros ainda persiste em nossa sociedade. Um dos exemplos da manifestação deste
racismo é a desigualdade entre negros e brancos quando, de acordo com
pesquisas, vemos que negros (a soma de pretos e pardos) têm menores graus de
escolaridade, logo, têm ocupações no mercado de trabalho com salários menores.
Este é o resultado de um longo processo sócio-histórico de exclusão social.
Na nossa sociedade também há
desigualdades de gêneros que faz com as mulheres tenham salários menores que os
homens no mercado de trabalho e sejam vítimas de violência doméstica, por
exemplo. A desigualdade de gênero também é resultado de um longo processo
sócio-histórico que sempre colocou as mulheres como o “sexo frágil” e como a
principal responsável pelo cuidado com a casa e com os filhos. A divisão
desigual do trabalho doméstico, por exemplo, dificulta um grande número de
mulheres terem ocupações com salários maiores, esta dificuldade ainda é maior
para as mulheres negras.
Fonte
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