quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Diferentes ou desiguais?

 

Olhe para os seus colegas de turma e responda: O que te faz diferente deles? Caso você seja mulher e tenha olhado para um colega do sexo masculino, notou que uma das diferenças é o sexo, ou então viu que a diferença está no modo de usar o cabelo, na forma de falar, no tom da pele, no bairro onde moram... Enfim, todos nós temos marcas que nos diferenciam dos outros. Mas, ser diferente nos faz desiguais? Vamos refletir um pouco sobre como em nossa sociedade estas marcas de diferença se relacionam com o processo de construção de desigualdades.

Quando nas relações sociais estas marcas que nos diferenciam uns dos outros produzem injustiças e desigualdades socialmente construídas, as chamamos de marcadores sociais da diferença. Você deve estar se perguntando: como construímos socialmente esta desigualdade baseada em marcas de diferença como gênero, classe social ou raça? Percebemos que em nossa sociedade em vários momentos há certa dificuldade em conviver com as diferenças. O preconceito é uma manifestação dessa dificuldade, quando, por exemplo, discriminamos o outro por ser diferente de mim. Assim, infelizmente, assistimos frequentemente no noticiário da TV casos de violência contra homessexuais, violência contra a mulher, e manifestações de racismo contra negros ou nordestinos.


Pensemos na cor da pele como um marcador social da diferença. Sabemos que o racismo e o preconceito contra os negros ainda persiste em nossa sociedade. Um dos exemplos da manifestação deste racismo é a desigualdade entre negros e brancos quando, de acordo com pesquisas, vemos que negros (a soma de pretos e pardos) têm menores graus de escolaridade, logo, têm ocupações no mercado de trabalho com salários menores. Este é o resultado de um longo processo sócio-histórico de exclusão social.

Na nossa sociedade também há desigualdades de gêneros que faz com as mulheres tenham salários menores que os homens no mercado de trabalho e sejam vítimas de violência doméstica, por exemplo. A desigualdade de gênero também é resultado de um longo processo sócio-histórico que sempre colocou as mulheres como o “sexo frágil” e como a principal responsável pelo cuidado com a casa e com os filhos. A divisão desigual do trabalho doméstico, por exemplo, dificulta um grande número de mulheres terem ocupações com salários maiores, esta dificuldade ainda é maior para as mulheres negras.



Fonte

Material elaborado pela Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro – SEEDUC/RJ
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